Mulheres que colocam implantes de silicone nos seios tendem a melhorar sua vida sexual, mas não pelo motivo que imaginam.
Segundo a psicóloga Tomi-Ann Roberts, da Universidade do Colorado (EUA), é o fato de a mulher estar investindo dinheiro em si mesma que dá uma turbinada na cama -- e não o tamanho dos seios em si.
"Quando dispendemos um esforço grande, gastamos uma grande quantia de dinheiro e tempo em alguma coisa, tendemos a justificar aquele esforço", explicou a estudiosa ao "Daily Mail". "O que melhora o desempenho é o esforço, não os seios".
A psicóloga baseou seu estudo em uma pesquisa brasileira, feita com 45 pacientes do cirurgião plástico Paulo Guimarães. Elas responderam um questionário antes de fazer a cirurgia e após dois, quatro e 18 meses de decorrida a operação.
Dentre as pacientes, nove ficaram com estrias e não reportaram nenhuma melhora na vida sexual. As estrias podem ocorrer se o implante for muito maior do que o seio original.
As outras 36 pacientes, que não tiveram estrias, relataram melhoras na qualidade do sexo, na excitação e na satisfação.
"Aqui estão 45 mulheres que gastaram uma quantidade de tempo, dinheiro e esforço para aumentar seus seios porque a mídia as convenceu de que seus seios são inadequados. Não me surpreende que elas estão satisfeitas com a cirurgia", comentou a dra. Roberts.
"As mulheres heterossexuais tendem a se preocupar com a satisfação do parceiro. Se os novos seios estão agradando aos parceiros, elas se sentirão mais atraentes", diz a psicóloga. "Vivemos numa cultura 'Victoria's Secret', na qual seios são coisas feitas para o prazer dos homens", criticou.