Psicólogos falam sobre a necessidade de momentos inusitados na relação a dois
Ter um dia certo para transar é a realidade de muitos casais. Seja pela correria do dia a dia ou pela comodidade, alguns homens e mulheres reservam em suas agendas um momento certo para o sexo. Para muitos, isso pode parecer um problema, mas o psicólogo Matheus Vieira acredita que, se o casal está feliz dessa maneira, não deve se preocupar com as expectativas criadas pela sociedade.
Já a psicóloga Martha Daud supõe que, na maioria das vezes, isso acontece porque os casais esquecem de cuidar da relação e quando percebem caem na rotina. “É o início do fim nos padrões dos relacionamentos atuais”, diz. No entanto, Martha ainda ressalta que, assim como as surpresas, a rotina também tem um lado benéfico para os relacionamentos.
Isso é prejudicial à relação?
Segundo Matheus, buscar atender aos ideais da sociedade pode prejudicar a relação, mas a frequência sexual do homem e da mulher pouco interfere quando ambos estão satisfeitos. “Por outro lado, se um membro do casal quer transar mais do que o outro, é preciso rever a relação”, alerta. Nesses casos, é preciso conversar sobre as emoções e a sintonia da dupla. Se há insatisfação de uma das partes, a atitude pode sim prejudicar a relação.
Momentos inusitados
“Nem sempre quando marcamos hora para fazer o sexo estaremos com vontade pra isso”, afirma Martha. A saúde da relação se dá com a intenção comum em dar certo e fazer as coisas funcionarem. Por isso, é importante manter a espontaneidade na vida a dois. O psicólogo defende que o relacionamento alimenta-se do mistério, das incertezas e da individualidade de cada um. “É esse movimento, essa dinâmica que dá vida ao relacionamento, ao prazer do relacionamento”, completa Matheus.
Se o clima da relação está esfriando, procure entreter o seu par, deixando-o com vontade de estar em sua companhia. Inove entre quatro paredes!
A certeza, a calmaria e a tranquilidade podem ser um veneno para os casais. Para que o relacionamento seja duradouro e saudável é preciso promover a “fome”, o constante querer. “Como em uma brincadeira de gangorra na qual ora um está no alto ora o outro. Quando a gangorra para a brincadeira acaba”, finaliza Matheus.